da Folha Online
As três principais festas das centrais sindicais em comemoração ao 1º de Maio reuniram cerca de 1,8 milhão pessoas em São Paulo nesta sexta-feira. Até as 16h, o público total era de 900 mil.
O maior público compareceu à festa da Força Sindical, na zona norte: 1,5 milhão de pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar. A festa da UGT (União Geral dos Trabalhadores), na região central, reuniu 200 mil segundo a organização do evento, e a da CUT (Central Única dos Trabalhadores), na zona sul, 100 mil de acordo com a PM. Em todas, o emprego no Brasil foi o tema principal.
A festa da Força, realizada na praça Campo de Bagatelle, em Santana, começou às 7h e se estendeu até as 19h. Foram 30 shows gratuitos de artistas como os sertanejos Daniel e a dupla Rick e Renner, o padre Marcelo Rossi e o trio pop KLB. Nas festividades do ano passado, a estimativa foi de 1,2 milhão no mesmo local.
O presidente da Força Sindical, o Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, disse que a entidade já trabalhava com número maior de público neste ano porque a CUT descentralizou suas comemorações. Segundo ele, a crise o desemprego também contribuíram para o aumento de público.
"A gente já tinha calculado um número maior porque não tinha um grande evento da CUT na cidade. [...] Na medida que tem desemprego e a crise você acaba atraindo um público que normalmente não viria", afirmou Paulinho.
Além dos shows, o público também foi "submetido" ao habitual regime de discursos políticos. Passaram pelo palco da Força os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Aldo Rebelo (PC do B-SP), o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) e o ministro Carlos Lupi (Trabalho e Emprego).
Na festa da UGT, realizada na avenida São João, no centro da cidade, além dos discursos, os políticos aproveitaram os 15 anos da morte do piloto Ayrton Senna para fazer uma homenagem póstuma. A empresária Viviane Senna, irmã do tricampeão mundial de F-1, recebeu uma placa dos sindicalistas destacando a carreira do piloto.
Ao contrário da Força, que distribuiu cerca de R$ 500 mil em prêmios, a UGT descartou atrair público por meio sorteios de carros, por exemplo. Segundo o presidente da entidade, Ricardo Patah, o objetivo é fazer uma festa popular com música e críticas ao sistema financeiro.
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) e o ministro Lupi também passaram pela festa da UGT, que foi realizada em parceria com a CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil) e da NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores).
A festa da CUT em Cidade Dutra (zona sul) foi realizada sem grandes shows e patrocínio --decisão da própria sindical, que decidiu não pedir fundos às empresas por causa da crise econômica-. A central também promoveu atos no Itaim Paulista (zona leste), até as 18h.
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