sexta-feira, 2 de maio de 2008

Carlos Lupi, Ministro do Trabalho e Emprego, une-se às centrais sindicais e defende a redução da carga horária do trabalhador, em todo o país

Jornada de trabalho dá o tom no 1º de maio

Redução da carga horária do trabalhador marca as comemorações em todo o País

SÃO PAULO - O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, uniu-se ontem às centrais sindicais e, nos dois maiores eventos de comemoração do Dia do Trabalho em São Paulo, defendeu a redução da carga horária do trabalhador em todo o País. Lupi disse que o apoio à proposta da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Força Sindical não ficará somente no discurso.

"Eu, enquanto filiado do PDT, vou trabalhar para que a minha bancada vote a favor", disse.CUT e Força prometem entregar em 29 de maio ao Congresso uma proposta de emenda popular que reduz de 44 para 40 horas a jornada de trabalho semanal. O movimento para recolhimento de assinaturas de apoio ao projeto começou no início do ano.

O tema foi o carro-chefe dos atos organizados pelas centrais sindicais em todo o País. Apesar de sua defesa à tese, Lupi ponderou que o papel do Ministério do Trabalho será encontrar um consenso entre as centrais sindicais e as entidades patronais. "Estou disposto a conversar, dialogar e tentar encontrar um caminho que traga mais benefícios ao trabalhador."

A maior preocupação do ministro é com a possibilidade de uma onda de desemprego e achatamento salarial. "Temos de reduzir a jornada, mas sem cortar empregos nem baixar salários." Afastado da presidência do PDT desde março, Lupi participou pela manhã da festa promovida pela Força Sindical, na Zona Norte de São Paulo; à tarde, seguiu para o evento da CUT, no autódromo de Interlagos, Zona Sul.

A tese de redução da jornada de trabalho também foi endossada pelo presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). "Eu fui dirigente sindical, avalio que a redução de jornada cria condições de aumentar o número de empregos no País; nós temos a experiência de que a Constituição de 1988 reduziu a jornada de 48 para 44 horas e não quebrou empresas nem tirou a competitividade do País", afirmou Chinaglia após participar da comemoração do Dia do Trabalho organizada pela CUT.
Público

Cerca de 1,1 milhão de pessoas passaram pelas duas festas, segundo os organizadores. Para a Polícia Militar, pouco mais de 100 mil compareceram à festa da CUT e 1 milhão ao evento da Força Sindical.

(Tribuna da Imprensa)E

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